Eu te como

Odisseu se desamarra ao mastro,
recorta as orelhas
e as atira à sirenas.
A lua, em Circe,
grafa no ruflar das vagas
um soneto copioso,
dos versos de luz:
– Uma ode ao seu,
já que não és meu…
De olhos abertos da noite,
sei astrobrilhos doutro amor.
Teu corpo, mare nostrum.
As minhas tristes chagas…
Remo de revoo e revolta
ao corpocoração:
Ítaca são outras plagas.
Eu te amo, sim e não.

pau

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