Bênção a dois
Uma vez, a maior das vezes,
eu não lembro em qual hora e dia,
pedi fremendo ,em fé, um amor.
na verdade, clamei pelo mesmo amor,
um amor antigo que se perdera de mim.
não foi para Deus que fiz o pedido.
foi para a mãe dele, gosto muito dela.
nas minhas dores, graças e lourdes,
ela deve ter ouvido, contou
para ele e para Ele.
Deus abriu, neste dia,
a minha vida do sagrado ao mortal.
Trouxe-me algo onírico, o real.
foi difícil receber de volta
este amor…
ele tornou a mim o sujo de mim mesma,
de tudo que eu era onde nem havia Deus.
senti medo, raiva, temor, solidão
e desesperança nas mãos.
era só isso que eu sabia sentir
e fazer com as mãos.
Veio o tempo, deixei o insano.
Fui escrevendo um verso novo
a este amor muito antigo.
demorou muito mais tempo.
mais e mais o amor eu escrevia
e Lia.
há um tempo para Labão
e um tempo para Jacob.
Não tive medo de aceitar
o que de Deus tempo eu queria.
)Se você nunca rezou por amor,
por um amor, por um antigo amor,
por outro amor, por mais amor,
reze.(
eu disse o nome de Deus
e o nome deste homem
e os dois ouviram.
senti o pedido, o clamor
e a oração me serem devolvidos
à alma e ao corpo de Deus.
Deus é o clamor e o pedido
e a minha alma e o meu corpo
e ando com Ele e com ele
a toda infinita e amorosa
hora.
Por que eu não chamaria a Deus
de Deus e a este homem meu amor?
Era no próprio Deus que eu estava
quando ele me abriu o entendimeto
dos olhos e das palavras…
entendimento, digo.
espírito do reencontro, não estás sozinho.
espírito da afeição, não estás sozinho.
meu próprio espírito,não estás sozinho.
obrigada, senhor.obrigada, Luiz ,
eu estava tão sozinha.
agora não tenho mais fome
e posso além de clamar
e não reclamar,
escrever
os
Teus
nomes.