Reminessência
.
O primeiro amor
me arrancou as raízes.
até do nada.
O último esperou
os brotos nasciternos
e a florada.
Eu li tudo
.
Não mendigo teu céu tão azul.
Eu já sei de cor o céu ser azul.
Me diz o teu céu, tão amarelo…
Me dá o teu sol, tão amarelo…
Deita neste verso lençol
o me explicares para onde foi
a grande fúria do mundo…
Desplugada
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Foi um domingo lindo,
choveu aqui.
Fiquei uma hora
pelada na chuva,
já tinha esquecido
como era ventar
e chover sem ser
em mim.
Delírio
.
Quero abraçar você.
Quero sentir você.
Quero escrever: quero abraçar você. quero sentir você.
Quero fechar os olhos antes de ler o que escrevi.
Quero demorar a abrir os olhos depois de fechar os olhos
antes de ler o que escrevi.
Quando abrir os olhos e ler
o que lhe escrevi,
estarei e serei
a abraçar você
e sentir você.
Lídia e os dois cisnes estrangulados
Pela madrugada li os versos de amor
que sonhava ler há cinquenta anos.
Não foram escritos pelo homem que amo,
infelizmente.
E quem me escreveu tem outro infinito
e delicado Amor,
felizmente.
O homem que amo é um grão de poeira,
este Outro, um Grão de Mostarda.
Agora sei o que é sentir
a flecha do destino
me atravessar o fígado
e tocar um corvo a voar
por sobre o trigo amarelo,
enquanto sangue
e água esporram
dos meus olhos
e destes versos de amor,
salvação, cor
e esperança.